quinta-feira, 8 de maio de 2008

Minha História - Marisa Kazama

Este é o espaço onde pasárgados e ex-pasárgados podem escrever sua história de sucesso de integração em nosso país.


Sou micronacionalista desde março de 1999. Passei por Avalon, Mallorca, Andorra.

Conhecia Pasárgada desde um encontro micronacional em São Paulo, quando Art Rodrigues veio para cá e falaram sobre a saída de cidadãos de Reunião para fundar uma nova micronação.

O primeiro contato com Pasárgada foi através da Comunidade Lusófona, um projeto conjunto entre Avalon, Mallorca e Pasárgada. Foi um período bastante produtivo. A idéia da CL era muito boa.

Gostava do clima de discussões interessantes, sem efeitos nocivos, como já vi em tantas micronações. Suspeito até que algumas gostem mais das brigas do que do micronacionalismo em si. Em Pasárgada, não. As pessoas pensam em discussões com a finalidade de amadurecer a própria democracia, aperfeiçoar o sistema pasárgado. Quando preenchi o formulário para ser cidadã, Rafael Figueira me disse que sabia que no fundo eu já era pasárgada, mas não sabia.

Meu nome está sempre associado a projetos culturais e educacionais. A grande possibilidade de compartilhamento de conhecimento através das instituições micronacionais me fascinou desde o início. Já participei de universidades micronacionais em outras nações, até criamos a UniCM para ser um projeto conjunto, mas acabou por ficar mesmo restrito. Muita gente quer os louros, quer colocar o nome da nação como uma etiqueta, mas é pouco engajada para este tipo de trabalho. Outra atividade que gosto de incentivar é a produção cultural da comunidade. Cultura é um processo essencialmente coletivo, é preciso despertar este desejo de manifestação nas pessoas.

Acima de tudo o que realizei no micronacionalismo, o que mais encanta não apenas a mim mas a muitos outros é o constante aprendizado. Uma vez, disseram que incluir "ministra" no meu currículo não adiantaria nada. No entanto, saber que um entrevistador (mais de um, na realidade) anota em meu currículo "capacidade para exercer liderança" e lembrar que isto foi despertado no micronacionalismo é muito gratificante. A capacidade de negociação e argumentação que tenho, devo à convivência micronacional. Até mesmo dicas para meu desenvolvimento profissional foram passadas através de colegas daqui. Esta é uma incrível ferramenta para auto-aperfeiçoamento, desde que a pessoa esteja disposta. Seria bom se os jovens pudessem explorar esta oportunidade e se tornarem uma versão melhorada de si mesmos, não apenas garotos tentados pela pompa dos cargos.

Marisa M. Kazama

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